Tal sua indecisão não me deixa;
Impede-me de sorrir, de crer,
De viver a infinidade da perfeição.
Tal sua indecisão,
Tenta me atormentar e levar-me
A desistência.
Porem, o sentimento verdadeiro,
Nascido em teus lábios,
No poder de teu abraço,
Na sinceridade de um olhar,
Me impede.
Diga-me o que comigo queres...
Diga o que queres com meu coração...
Uma simples e expressa palavra,
Tirara de meu peito o peso,
E com a mais amarga emoção,
De minha boca um adeus.
Toma-me em si;
A prova da preocupação,
Da sua importância
Em minha vida.
Faz-me ver da mais
Louca e delirante forma
Como eu te amo.
E me mostra dos mais
Obscuros sentidos,
O medo que tenho
De para ela te perder...
Daniel Martins.
Do Amar Inconsequente
É madrugada;
As lágrimas caem;
Meu suspiro tremente
Tende aumentar,
Levando a dor e agonia consigo.
Ébrio;
Ao mundo alucinado,
Sem mundo.
Aquele adeus, aquele gesto,
Não se apaga em minha mente.
Tudo se vai...
Toda lembrança e saudade vêm.
Novamente apaixonado,
Eternamente iludido.
Novamente na solidão,
Escrevendo e meditando;
Eternamente te amando.
Daniel Martins.
Tudo me lembra Você
Raios de Sol
Misturam-se ao vento
Formando o horizonte de meu amor,
Onde flutuei pra te encontrar.
Na lembrança de teus olhos;
Tua mão suave e delicada,
Como o suspiro de um veludo,
Sobre a minha.
Sinto teu cheiro no ar,
Empurrado ao vento vespertino;
Vejo teu sorriso ao nascer uma rosa;
Sinto teu abraço...
E a brisa a me tocar.
Bate-me a saudade de teu beijo,
Vendo uma borboleta voar
E a beira-mar, pousar.
Bate-me o desejo...
Te ver, te ter, te abraçar.
Tudo me lembra você;
A cada suspirar te encontro em minha mente.
Minha vida lembra você...
Pois minha vida...
...é VOCÊ!
Daniel Martins
Solidão do Abismo
Diga-me o significado;
Diga-me a quantos outros feristes.
A razão de um “por que” falecido
Sepultado no cemitério do medo e dor.
Palavras protetoras de seus próprios significados,
Escondem por trás de mesmas
Um sentimento profundo, insano e sombrio,
Compreendido por ninguém,
Abrasador do ódio, dor e revolta,
Resultante de longo tempo perdido
E dolorosas lágrimas ao chão.
Oh Deus! Onde tu estás?
Abandonastes-me?
Sei que estás comigo!
Sinto-me tão longe,
No mais profundo abismo contemplado.
Oh Deus! Teu amor me faz respirar;
Tuas obras me fazem em ti
Cada vez mais acreditar.
Tire-me deste mar de solidão,
Onde a podridão das águas,
Constantemente, me sufoca.
Oh Deus! Tire-me de meu eu,
E me leve pra perto de ti!
Daniel Martins.
