Eu vejo longe
Um céu apagado.
Eu vejo da vida um cinzero
E da existência as cinzas
Num nada de fumaças.
São lembranças fúteis
Tragadas por uma mente inútil
Que pensa, haje, mas não sente.
O que sente não passa de dor
De solidão em fim
De lágrimas monótonas
De um beijo, com gosto amargo.
Não vejo mais o dia que nasce
Só vejo um nada dentro de nada.
Uma vida sem sentido,
Algumas palavras apagadas,
Um coração partido.
Daniel Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário