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Olá! Sejam todos bem-vindos ao meu espaço literário. Aqui você encontrará a maior parte de minhas obras.
Fiquem à vontade, para ler, comentar, divulgar, etc.
Um forte abraço!

"Poesias d'alma e do coração, que só pela alma e pelo coração devem ser julgadas." (Gonçalves de Magalhães)

sábado, 24 de março de 2012

Triste Distância


Estar do teu lado
E não pode te beijar
Sem poder te querer
Muito menos te amar

Sufocado, preso
Dentro do meu peito
Meu coração desesperado
Por ti amando
Espedaçado por te ver
Tão distante ao meu lado

Quando triste partir
E pelo acaso tudo abandonar
Lembre-se de um poeta
Que vai estar sempre olhando as estrelas
A te esperar.
Quando partir...
Lembre-se de um lunático apaixonado
Que sempre ao fechar os olhos
Com tuas lembranças
Irá sorrir...

Daniel Martins

segunda-feira, 19 de março de 2012

Agonia

Melancolicamente
Estou vivendo esta tarde nublada
De uma mórbida agonia
Causada pela dor, por chorar
Pela indecisão
De um desgraçado coração
Que não sabe amar

Uma flor repousada no meu peito
Pesa mais que a morte aos meus olhos
Num aroma suave...

Sobrando no mundo
Numa solidão que me aguenta,
Sentindo seus sentimentos
Choro sem saber, nem conseguir mentir
A dor de um coração
Que não sabe sentir...

Daniel Martins

sábado, 17 de março de 2012

Aves da Noite - pintura de Edward Hooper (1882 - 1967)


O termo "Aves da noite", é usado figurativamente para descrever alguém que fica acordado até tarde, e é um nome compartilhado com a família real de pássaros chamados (naturalmente) Falcões.
Hopper começou a pintá-la imediatamente após o ataque Pearl Harbor, Domingo, 7 de Dezembro de 1941. Após o evento, houve um sentimento generalizado de tristeza por todo o país, um sentimento que é retratado na pintura. A rua está vazia fora da lanchonete, e no interior nenhuma das três pessoas no balcão estão aparentemente olhando ou conversando com os outros, todos estão perdidos em seus próprios pensamentos. Dois são um casal, enquanto o terceiro é um homem sentado sozinho, de costas para o espectador. o trabalhador do restaurante, olhando para cima de seu trabalho, parece estar olhando para fora da janela, para trás dos clientes.
Este retrato da vida urbana moderna, como o vazio ou a solidão é um tema comum em todo o trabalho de Hopper.
A obra teve influência na Literatura, no Cinema, na Música, Televisão, etc.

Fonte Wikipédia
Adaptado por mim.

Soneto

No alto, a noite nervosa
Acalmada pelo vento
Raios, risos e tenores balançam o céu contra o tempo
E a triste Lua adormece radiosa...

Os horizontes delimitados ao escuro
Deleitam-se ao verde-negro, dos campos obscuros.
E nos raios rubor
O reflexo da vida real, o horror.

Os flashes das psicoses, relatam o passado.
As vidas repensadas
Em sonhos e palavras atrazadas...

Um vinho. E a solidão ao meu lado,
Rindo a infeliz paixão que se vai.
Pingo por pingo, a chuva cai...

Daniel Martins

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Música do Fim

Pintura Juízo Final - Sem informações sobre o pintor


O céu se abre
Um som lúgubre se faz
Estremecendo o firmamento
E aterrorizando o pensamento
Do duvidoso.

O dia brando se escurece
A lua em sangue se faz
E jaz!
Aquele que não creu...

Clamores, prantos e gritos
Se fazem atrasados...
Pois Ele já se foi...
E nEle seu espírito

Suicídios falhados
Ela já se foi
A morte não reinará neste mundo
E o sangue correrá nas ruas...

Os olhos piscaram
E para os que creram...
Neste mundo, tudo acabou.

O movimento Allegro...
Da trágica sinfonia...
A música do fim. Tocou...

Daniel Martins

terça-feira, 6 de março de 2012

Frase do Dia

"Quando penso em você, fecho os olhos de saudade." (Cecília Meireles)

Adeus, Meus Sonhos! (Álvares de Azevedo)


"Foi poeta - sonhou - e amou na vida"
(Álvares de Azevedo)

Álvares de Azevedo (1831 SP - 1852 RJ), em opinião particular, foi o melhor, mais sentimental, mais triste e mais melancólico da Literatura Brasileira. Destacou-se de forma extraordinária no ultra-romantismo, com sua poesia comunicativa e cheia de sensibilidade, tomada pela tristeza, pelo amor, pelos desejos de morte, pelos devaneios, etc. Vivia escrevendo nas tavernas, fazendo parte, supostamente, da Sociedade Epicuréia, inspirava-se (assim como a maioria dos demais ultra-românticos) fortemente no grande poeta Inglês, George Gordon(Lord Byron).
Viveu uma vida de tristeza, boêmia e com saúde frágil. Morreu aos 21 anos incompletos, após concluir o quarto ano do seu curso de Direito, quando após o mesmo, foi passar as férias no Rio de Janeiro, e num certo passeio a cavalo pelas ruas da cidade, sofre uma queda, que traz à tona um tumor na fossa ilíaca. Sofreu muito, e foi operado - sem anestesia, segundo os familiares - e, após 46 dias de padecimento, veio a falecer, no Domingo de páscoa, 25 de abril de 1852.

Deixou poucas, mas grandes e muito apreciadas obras durante sua curta vida:

-Lira dos Vinte Anos; Poema do Frade; Conde Lopo (inacabado), Macário(drama); Noite na Taverna.

O poema a seguir, é o meu preferido, entre os seus. É ele de uma profunda sensibilidade, enorme tristeza e de grande desilusão pela vida...


Adeus, meus sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores
Já não vejo em meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!


Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br
Adaptado por Daniel Martins