(Álvares de Azevedo)
Álvares de Azevedo (1831 SP - 1852 RJ), em opinião particular, foi o melhor, mais sentimental, mais triste e mais melancólico da Literatura Brasileira. Destacou-se de forma extraordinária no ultra-romantismo, com sua poesia comunicativa e cheia de sensibilidade, tomada pela tristeza, pelo amor, pelos desejos de morte, pelos devaneios, etc. Vivia escrevendo nas tavernas, fazendo parte, supostamente, da Sociedade Epicuréia, inspirava-se (assim como a maioria dos demais ultra-românticos) fortemente no grande poeta Inglês, George Gordon(Lord Byron).
Viveu uma vida de tristeza, boêmia e com saúde frágil. Morreu aos 21 anos incompletos, após concluir o quarto ano do seu curso de Direito, quando após o mesmo, foi passar as férias no Rio de Janeiro, e num certo passeio a cavalo pelas ruas da cidade, sofre uma queda, que traz à tona um tumor na fossa ilíaca. Sofreu muito, e foi operado - sem anestesia, segundo os familiares - e, após 46 dias de padecimento, veio a falecer, no Domingo de páscoa, 25 de abril de 1852.
Deixou poucas, mas grandes e muito apreciadas obras durante sua curta vida:
-Lira dos Vinte Anos; Poema do Frade; Conde Lopo (inacabado), Macário(drama); Noite na Taverna.
O poema a seguir, é o meu preferido, entre os seus. É ele de uma profunda sensibilidade, enorme tristeza e de grande desilusão pela vida...
Viveu uma vida de tristeza, boêmia e com saúde frágil. Morreu aos 21 anos incompletos, após concluir o quarto ano do seu curso de Direito, quando após o mesmo, foi passar as férias no Rio de Janeiro, e num certo passeio a cavalo pelas ruas da cidade, sofre uma queda, que traz à tona um tumor na fossa ilíaca. Sofreu muito, e foi operado - sem anestesia, segundo os familiares - e, após 46 dias de padecimento, veio a falecer, no Domingo de páscoa, 25 de abril de 1852.
Deixou poucas, mas grandes e muito apreciadas obras durante sua curta vida:
-Lira dos Vinte Anos; Poema do Frade; Conde Lopo (inacabado), Macário(drama); Noite na Taverna.
O poema a seguir, é o meu preferido, entre os seus. É ele de uma profunda sensibilidade, enorme tristeza e de grande desilusão pela vida...
Adeus, meus sonhos!
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores
Já não vejo em meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores
Já não vejo em meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br
Adaptado por Daniel Martins
Adaptado por Daniel Martins
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